Resenha: The Mark of Athena

Nome: The Mark of Athena
Autor: Rick Riordan
Editora: Disney-Hyperion

CONTÉM SPOILERS DO LIVRO ANTERIOR
Annabeth está apavorada. Justamente quando ela está prestes a se reencontrar com Percy – depois de seis meses estando separados, graças a Hera – parece que o Acampamento Júpiter está se preparando para a guerra. Como Annabeth e seus amigos Jason, Piper e Leo voam no Argo II, ela não pode culpar os semideuses romanos por pensar que o navio é uma arma grega. Com o seu mastro de dragão de bronze, a criação fantástica de Leo não parece amigável. Annabeth espera que a visão de seu pretor Jason no convés irá assegurar os romanos que os visitantes do Acampamento Meio-Sangue estão vindo em paz. E isso é apenas uma de suas preocupações. Em seu bolso Annabeth traz um presente de sua mãe que veio com uma exigência inquietante: Siga a Marca de Atena. Me vingue. Annabeth já se sente oprimida pela profecia que irá enviar sete semideuses em uma missão para encontrar – e fechar – as Portas da Morte. O que mais Atena quer dela? O maior medo de Annabeth, porém, é que Percy pode ter mudado. E se agora ele está ligado aos caminhos romanos? Será que ele ainda precisa de seus velhos amigos? Como a filha da deusa da guerra e da sabedoria, Annabeth sabe que ela nasceu para ser uma líder, mas nunca mais ela quer ficar sem o Cabeça de Alga ao seu lado. Narrado por quatro diferentes semideuses, The Mark of Athena é uma inesquecível viagem por terra e mar para Roma, onde descobertas importantes, sacrifícios surpreendentes e horrores indescritíveis aguardam. Suba a bordo do Argo II, se você ousar...

Book Trailer


Olá! Meu nome é Lucas e o Bruno, dono deste blog, me pediu para escrever esta resenha. Definitivamente, tio Rick é o mestre do que eu chamo de final “Avenida Brasil”, só faltando a parte do congela, e The Mark of Athena é a maior prova disso.

Também não podemos esquecer a Maldição do Livro Três, que assola o Sr. Rick Riordan há anos, tomando como exemplo a primeira série de mitologia, Percy Jackson e os Olimpianos. Além da série As  Crônicas dos Kane, e a mesma maldição se seguiu. Parece que dá um troço na cabeça dele que sempre tem que ferrar com o terceiro livro. Infelizmente, o livro é o último da série e ainda termina com uma deixa para uma continuação e um possível crossover entre o mundo egípcio e o Greco-romano.

Até chegarmos à série Os Heróis do Olimpo. Porém, felizmente, posso dizer que, com The Mark of Athena, a maldição foi quebrada... pelo menos parcialmente. Bem, o livro começa exatamente onde O Filho de Netuno terminou: com Annabeth, Leo, Jason e Piper e o Treinador Hedge chegando ao Acampamento Júpiter a bordo do Argo II. Essa parte é legal, porque é tensa e prepara o leitor para o suspense e ação que está por vir. Tem um reencontro ultra-hiper-mega-super-romântico, bonitinho e meloso entre o Percy e a Annabeth, e depois de dois capítulos com todos os sete semideuses da Nova Grande Profecia reunidos, você até pensa que tudo vai ficar bem e nada vai dar errado. NÃO! Logo Leo, misteriosamente, começa a atacar o acampamento romano com o Argo II.

Depois de uma fuga desesperada, os sete semideuses iniciam uma jornada para impedir que dois gigantes gêmeos, um de cabelo roxo e outro bailarino (nem me pergunte!) destruam a cidade de Roma e matem Nico Di Angelo, o irmão de Hazel, que pode ter encontrado as Portas da Morte e um modo de fechá-las. Sem contar a misteriosa busca que Annabeth recebeu de sua mãe, de seguir a Marca de Atena e encontrar algo que pode unir o lado romano e o lado grego de uma vez por todas. Porém, nenhum filho de Atena conseguiu sobreviver à busca, que Annabeth terá que encarar sozinha.

O grande problema do livro são os narradores. Temos Annabeth como novidade à narração (o que é excelente) e um arco ótimo da narração do Leo envolvendo uma conexão misteriosa entre ele e Hazel. O negócio começa a ficar enjoado quando a narração passa para Percy e Piper. Eu não sei qual é a fixação do tio Rick pela Piper. Espero que não seja indicio de tendências pedófilas! Pelo amor de Deus! É meu Jason pra lá, Jason pra cá, porque o Jason não demonstra seu amor eterno por mim, e quando não é isso é meu poder de “charme” não é tão bom assim, ah, meus deuses, eu sou TÃO DIVA! MORRE PIPER! Os poderes dela só servem realmente em só duas ocasiões no livro.

Já o Percy parece... estressado. É essa a palavra. Ele fica competindo com o Jason, um com seus poderes aquáticos e outro que evoca raios, espíritos da tempestade cavalares e voa (???). Sua narração é irritadiça, tirando um momento adorável com a Annabeth no Argo II. Mas o livro pertence, sem dúvida, a Annabeth e a Leo. Sua busca solitária para encontrar a Marca de Atena é cheia de suspense e tensão constante. Leo tem vários momentos memoráveis, como um encontro com Nêmesis, a deusa da vingança, uma missão hilária envolvendo Eco, Narciso e um bando de ninfas tietes e por fim, um clímax no final envolvendo estátuas de ouro possuídas, uma esfera mágica e um cookie. Sem contar a batalha final contra os gigantes, coma participação não tão especial de Baco, o lado romano do Sr. D, Dionísio. O livro também apresenta muitos erros de continuidade, mostrando que a fórmula de mitologia está começando a ficar repetitiva. Diferente dos livros anteriores, em que cada capítulo era eletrizante e você nem cogitava a ideia de largar o livro antes de terminá-lo, em The Mark a história se alonga, fica chata, e é necessário encontrar forças para acabar. Por um momento a Maldição do Livro Três parece querer tomar seu lugar... Até os últimos cinco capítulos. Aí, parece o velho tio Rick NOVAMENTE!

O final de The Mark of Athena é INCRÍVEL! Eu não esperava isso. O livro acaba, deixando o já aguardado gancho para o quarto livro, The House of Hades, que finalmente vai ter uma narração do Nico Di Angelo. Resumindo: o livro é bom, sim, tem seus momentos espetaculares, mas por pouco, não se torna só mais um livro de Rick Riordan.